Compositor: Não Disponível
Ó rio, rio largo
Ó querido, trêmulo e profundo
Conte-nos sobre teu caminho
Ó sim! Sobre a dor da Mãe Terra
Ó irmãos, irmãos das florestas
Árvores ancestrais, antigas e sábias
Quanto tempo já passou
E através dos séculos desceu à terra
Erguendo as mãos em desespero
À morada de Rod, mais uma vez pergunto
Ó sim! Ó Mãe Aurora
Não perturbes a canção do rouxinol
Levanta-te diante do Sol ardente
Diante do grande guardião, dirige-te aos que dormem
A eternidade dorme na escuridão
Como se esperasse uma guerra
A fé repousa sem esperança
Os irmãos sobre a terra
Seus corações em cativeiro
Gemem de dor, condenados
Pela terra úmida, banhada em tuas lágrimas
Levaremos as antigas escrituras sagradas
Que a chuva lave a dor dos olhos cegos
Voltamos para a vitória
Ergue teu olhar livre
Toque a superfície da alma da floresta
Os vastos campos esquecidos
Chamam a alma a segui-los
O espírito embriagante da liberdade
Aquece o coração com fogo
E mais uma vez reconheço
A luz das ruínas que haviam sido esquecidas
E novamente o amanhecer, rasgando a escuridão
Ecoa que ainda está viva
A fé fiel aos antigos mandamentos
Desaparecendo com a antiga glória na escuridão dos séculos de outrora
Para onde vamos, sem conhecer nossa própria linhagem?
Para onde vamos correr, desviando o olhar da antiga verdade?
O que esperamos? Uma doce recompensa de um mundo estranho?
Cravando os dentes na realidade, fugimos da árvore ancestral
Mas com voz alta dizem os irmãos: Estamos vivos, ancestrais
E com a voz da noite pronuncia os mandamentos
Daquela essência eterna que nos é sagrada
E que o brilho da glória ofuscante obscureça os olhos cinzentos
Somos filhos da luz, somos irmãs da noite